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Kopenhamn

Freyr

O nome deste deus escandinavo significa senhor, sendo irmão gémeo de Freya e filho de Njord. Também podia ser chamado Ing e Yngvi, sendo com este nome o ancestral dos Ynglingar. A Saga deste povo apresenta-o como rei da Suécia, casado com Gerd e pai de Fjölnir. Tornou-se uma divindade depois de morrer, pois o seu reinado tinha sido próspero. Em Uppsala, na Suécia, aparece com o nome de Fricco, representado com um exuberante falo, indicando a sua característica vanir fecundadora, e de Frö, a quem se faziam sacrifícios de nove em nove anos ou anualmente.

Era o deus mais importante da família divina dos Vanir, morando no Alfheim ou mundo dos elfos com a sua mulher, a gigante Gerda (ou Herdr). Tinha-a trocado com Gymir, pai dela, pela sua espada. O facto de não ter a espada causou-lhe a morte por falta de proteção perante o demónio Surtr, no dia de Ragnarok.

Era dono do Skidbladnir, um barco mágico que simbolizava as nuvens, sendo o deus protetor das colheitas, proporcionador de chuva e de paz. Apesar de pertencer aos deuses Vanir, Freyr foi morar para o Asgard com o seu pai, residência dos Aesir, quando se efetuou a troca de paz de dois deuses Vanir por dois Aesir.

Como era o culto a Freyr?

Parece que ele inspirou particularmente devoção na Suécia, como evidenciado por estátuas eróticas e amuletos, e pela tradição de procissões de carruagem no estilo de Nerthus, a deusa descrita por Tacitus em sua Germânia, de grande devoção desde a Idade do Bronze no Oeste Germânico. Segundo Adão de Bremen, havia na velha Uppsala um templo com as estátuas de três deuses - Thor, Freyr e Odin. Na Islândia, Frey era ocasionalmente chamado de Síagoð ("o deus sueco"). Ele era aparentemente popular também na própria Islândia, em Trondelag (Noruega) e na Dinamarca. O culto de Frey deve ter alcançado a Noruega e a Islândia através da Jutlândia (Dinamarca), em cujo lago central, o lago Stor (Störsjön), ficam as ilhas de Norderön e Frösön (ilha de Njörðr e ilha de Freyr respectivamente).